segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Libertadores: o "termômetro" corintiano


Quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010, enfim o Corinthians vai estrear na competição mais importante e cobiçada por seus torcedores, dirigentes e jogadores, no ano. Pra quem ainda tem dúvidas de que o Corinthians está priorizando a Libertadores, repare como o ambiente no Parque São Jorge ainda está “morno”. Os jogos perdidos e empatados pela equipe são tratados com indiferença, pela torcida, pelo técnico e até pela mídia esportiva. Mas a partir de quarta-feira a “parada” vai esquentar!

A Libertadores é o sonho de consumo desse clube que está completando 100 anos e tem quase todos os títulos possíveis em sua história. Esse ano o sucesso ou o fracasso no “Timão” será determinado pela campanha no torneio mais famoso das Américas. É ele que dirá se o Centenário foi bem ou mal sucedido.

Isso não é tão justo com as pessoas que lá estão trabalhando este ano, pois elas não são responsáveis pelo jejum do time na Libertadores. Mas elas irão sofrer com a pressão de todos nessa Copa Libertadores. A torcida corintiana, grande aliada do time, poderá até prejudicar o time no resto do ano, se o título (ou pelo menos uma grande campanha) não for conquistado. Jogadores poderão se tornar ídolos ou vilões, perguntem ao Edílson “capetinha” e ao Coelho!

Baseando em números, que nem sempre trazem a pura verdade, dificilmente o Corinthians faz um bom campeonato brasileiro no mesmo ano em que disputa a Libertadores. O Corinthians disputou apenas 07 edições até hoje, veja:

- 1977: O clube foi eliminado ainda na 1ª fase pelo Internacional, no torneio que teve o Boca como campeão (nos pênaltis) e o Cruzeiro como vice. No Brasileirão o Corinthians ficou na 8ª posição.

-1991: O “Timão” passou pela fase de grupos, junto com o Flamengo, mas parou já nas oitavas, quando enfrentou o Boca Juniors, comandado pelo então promissor Gabriel Batistuta. O torneio teve o Colo-Colo como vencedor e o Olimpia como vice. No decorrer do ano o time ficou em 5º lugar no brasileiro, com um time que poderia ter sido até campeão, mas que não teve força pra se recuperar do baque.



-1996: O Corinthians se classificou em um dos grupos mais fortes, que tinha ainda o Universidad do Chile, Universidad Católica (que ficou na 1ª fase) e o Botafogo. Depois passou facilmente com duas vitórias (3x1e 2x0) sobre o fraco Espoli-QUE. Mas não teve forças pra passar das quartas, quando perdeu em casa por 3x0 do “copeiro” Grêmio, que era o atual campeão. Essa edição teve o River Plate-ARG de Crespo, Ortega, Francescolli e Sorín como campeão ao derrotar o América de Cali-COL. E o time sentiu a pressão após essa decepção, ficando em uma posição que não condiz com a grandeza do time: 12º lugar.

-1999: Do Céu ao Inferno. O “Bando de loucos” foi às nuvens ao terminar a primeira fase em 1º lugar na mesma chave do rival Palmeiras, mas não sabia o que o destino reservava. Após eliminar fluentemente o Jorge Wilstermann-BOL nas oitavas, o clube teve o seu arqui-rival no caminho. Cada um venceu um dos jogos por 2x0, levando a partida para os pênaltis, quando Dinei acertou o Travessão e “São” Marcos parou Vampeta. Mas o pior para a torcida foi ver o Palmeiras ser campeão em cima do Deportivo Cali-COL (novamente nos pênaltis). Mas esse time do Corinthians era muito bom e experiente e ainda se sagrou bi-campeão brasileiro, sobre o “Galo” Mineiro. Uma exceção.



-2000: A maior decepção. Mais uma vez o Corinthians foi o primeiro do grupo, superando o América-MÉX e eliminando LDU-EQU e Olimpia-PAR. Nas oitavas eliminaram o Rosário Central-ARG nos pênaltis e despacharam o Atlético-MG nas quartas. Tudo era festa, mas... eis que surge de novo o Palmeiras, comandado por Marcos e Alex, no caminho. E de novo as penalidades... mas dessa vez todo mundo sabe quem errou, não é “Pé-de-Anjo”??? Pelo menos, dessa vez, o Palmeiras foi vice para o Boca Juniors, que tinha um monstro chamado Oscar Córdoba no gol. A decepção foi tão grande que explodiu uma crise, inclusive com a “Fiel” praticamente expulsando alguns jogadores do clube. O reflexo disso foi a 28ª posição na conturbada João Havelange.

-2003: O Corinthians foi novamente o primeiro do grupo, mas dessa vez ficou já nas oitavas-de-finais, quando teve pela frente o River Plate-ARG de um ‘tal’ D’Alessandro. Novamente o “Timão” viu de casa o Boca ser campeão, mas em cima do todo-poderoso Santos de Robinho. Mais uma vez o time afundou em uma crise, ficando na vergonhosa 15ª posição no Brasileiro.

-2006: Na última participação do time na Libertadores, com Tévez e Nilmar, novamente se classificando em primeiro no grupo, mas novamente caiu para o River, com duas derrotas. Novamente a “Fiel” se revoltou, culpando alguns jogadores pelo fracasso e partindo pra violência, com direito à briga com a Polícia. Mas novamente viu um rival ser vice, dessa vez o São Paulo que perdeu a final para o Internacional . No Brasileirão o clube, que começava a agonizar com a gestão de Dualib, ficou na 9ª colocação.


Nota-se que a Libertadores da América é o “Aparelho de medição de temperatura” do Corinthians, quando disputada por esse grande clube. Neste ano a coisa promete ser mais quente ainda, por isso Andrés e Mano apostaram na experiência de Ronaldo, Roberto Carlos, Tcheco, Iarley, Danilo, etc.. Esse Corinthians certamente ficará marcado na história, como o que ganhou a Libertadores, ou como o que decepcionou a torcida em pleno centenário!

Postado por: Elder Breno

1 comentários:

Unknown disse...

gostei dessa postagem, foi bem esclarecedora. Acho que esse ano é do Corinthians, pelo menos essa é a expectativa...

 
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